Associação Beneficente e Voluntária Renascer - ABVR
- 12 anos desenvolvendo atividades nas cidadesde Bagé e Pelotas / RS / Brasil -
Telefones: (53) 9951.2892
-Projeto de prevenção e responsabilidade social, direcionado aos profissionais da mão-de-obra da indústria da construção civil e gerações futuras -
Associação Beneficente e Voluntária Renascer - ABVR
- 12 anos desenvolvendo atividades nas cidadesde Bagé e Pelotas / RS / Brasil -
Telefones: (53) 9951.2892
PROJETO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, DIRECIONADO AOS PROFISSIONAIS DA MÃO-DE-OBRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL E GERAÇÕES FUTURAS.
Justificativa:
Pesquisa realizada em prontuários do centro de tratamento da ABVR apontou que 60% (sessenta por cento) dos pacientes atendidos e tratados pela instituição, filantropicamente - principalmente com problemas relacionados ao uso indevido, nocivo ou dependência de álcool - têm, ou tinham, como atividade profissional a mão-de-obra da indústria da construção civil (pedreiros, serventes, pintores, encanadores, eletricistas, instaladores, carpinteiros e outros).
Na avaliação dos atendidos, verificou-se que os ascendentes desses mesmos pacientes (seus pais), em 80% (oitenta por cento) dos casos, eram usuários de álcool e também tinham profissões ligadas ao mesmo ramo; observou-se que uma grande parcela desses pais, tiveram problemas relacionados ao uso etílico, entre eles: separações, divórcios, abandono dos filhos, história de violência doméstica, desemprego devido à falta de saúde física e/ou mental para continuar trabalhando, e, muitos, até mesmo chegaram ao óbito, ainda em idade produtiva; conseqüência direta do alcoolismo e doenças associadas. Questões hereditárias (pré-disposição familiar para o alcoolismo, comprovado pela ciência); comportamentais; ambientais; entre outras, são relevantes nos casos analisados.
Obs.: descrito acima somente a relação com o álcool, não incluímos a dependência da nicotina (tabagismo); a maior causadora de mortes, passíveis de ser evitadas.
Preocupação Social:
Que tudo continue, com os operários em atividade, e, por conseqüência, com os filhos destes. Avô, pai, filho; e, talvez, com os filhos dos filhos. Uma herança nefasta para a nossa sociedade, se não houver cidadãos e instituições (sindicatos, técnicos, centros de prevenção e tratamento, orgãos públicos, e outros), que se preocupem e comprometam-se em diminuir esses índices.
Quem perde com essa situação:
O empregador:
- produtividade (o operário que usa álcool, não tem a mesma disposição para trabalhar - devido a vulgar ressaca - do que aquele que não usa);
- desperdício de materiais por falhas cometidas;
- demissões/indenizações;
- afastamentos por doenças (muitas vezes o empregado ganha licença médica, ex: por problemas digestivos, porém a causa primaria é o uso de álcool);
- falta de segurança no trabalho (acidentes acontecem, porém usuários de álcool, ou ainda sob efeito do mesmo, estão mais propensos, inclusive colocando em perigo a vida dos próprios colegas);
- nova contratação de operários e seus custos
- mau relacionamento entre chefias e operários, ou, entre estes mesmos;
- muitas outras situações, no dia a dia das obras, que até mesmo passam despercebidas, mas que têm no uso de álcool, a raiz do problema.
O empregado:
- perda do emprego;
- má informação profissional, quando na busca de outro;
- problemas de relacionamento com chefes e colegas;
- falta de segurança no trabalho;
- com a perda do emprego, arcará, juntamente com sua família, com todos os problemas advindos da situação.
O Sindicato dos trabalhadores :
- perde ou deixa de ter associados;
- em conseqüência, perde também contribuições e arrecadação para manutenção e ampliação dos serviços prestados pela entidade.
As famílias:
- sofrem diretamente com a situação adversa do desemprego e suas conseqüências (separações, divórcios, abandonos, violência doméstica e muitas outras).
O SUS:
- O Sistema Único de Saúde gasta milhões com tratamentos de baixa, média ou alta complexidade, relacionados ao uso de álcool, tabaco e suas intercorrências, ou ainda, conseqüências; e quem paga a conta são os contribuintes, através dos impostos. Além disso, milhões também são gastos com pagamento de benefícios pelos afastamentos do trabalho, definitivos ou temporários.
O comércio de materiais de construção e insumos:
quanto menos operários em atividades (empregados ou autônomos), menos compras farão no comércio.
A sociedade:
como um todo sempre perde. O país perde em produtividade e competitividade; a população arca com aumento de impostos; os construtores vêm seus custos aumentarem e o seu lucro diminuir; os lojistas vendem menos; as famílias sofrem as mazelas; enfim, todos perdem.
Prevenção:
É muito mais barato, promover a saúde, do que tratar a doença já instalada e suas conseqüências.
PROJETO INICIAL DE PREVENÇÃO, QUE ESTAMOS APRESENTANDO AOS SINDICATOS (de empregadores e empregados), EMPRESAS CONSTRUTORAS, ENGENHEIROS e ARQUITETOS, LOJISTAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E INSUMOS, ORGÃOS PÚBLICOS E INSTITUIÇÕES DIVERSAS.
l- Disseminação de informações e conhecimentos sobre dependência química (álcool, nicotina e outras drogas), que deverão contemplar os profissionais da mão-de-obra da indústria da construção civil, seus filhos e suas famílias.
1.1- Inicialmente, serão distribuídos jornais sobre o tema, em obras e outros locais.
1.2- Será disponibilizada pela nossa instituição, gratuitamente, avaliação para os casos que surgirem - realizada através de consultoria capacitada na área - trazidos pelos próprios trabalhadores, empregadores, sindicatos, famílias, amigos ou parceiros do projeto.
1.3- Haverá encaminhamento para os casos que necessitarem de tratamento (paciente e família), ou ainda, continuidade no aconselhamento.
1.4- Será implantado, posteriormente, projeto de prevenção primária, com a finalidade de contemplar diretamente os filhos dos trabalhadores; na tentativa de quebrar a corrente, mencionada na justificativa deste projeto.
Convidados a participar do projeto:
- SINDUSCON;
- SINDICATO DOS TRABALHADOES NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL;
- ENGENHEIROS;
- ARQUITETOS;
- LOJISTAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E INSUMOS (revestimentos, madeiras, ferros, ferragens, argamassa, tintas, mat. elétricos/hidráulicos e outros);
- ORGÃOS PÚBLICOS;
- ENTIDADES DIVERSAS.
Custos de participação:
Nossa instituição e parceiros ficarão com a responsabilidade técnica operacional do projeto, incluindo seus custos, relacionada ao sistema de informações e primeiros atendimentos dos trabalhadores e de suas famílias. Para isso serão disponibilizados: consultor em dependência química; psicólogo; médico; terapeuta motivacional; monitor hospitalar e outros profissionais necessários ao desenvolvimento do trabalho (o atendimento será feito pelos próprios profissionais da ABVR ou com o apoio da rede de serviços existente na comunidade). Também serão disponibilizados: jornalista, coordenador administrativo, distribuidores de impressos informativos e outros.
Aos convidados a participar do projeto, supra citados, caberá o apoio institucional e financeiro, apenas, para apoio na circulação do jornal informativo sobre prevenção e tratamento em dependência química (com assuntos sobre alcoolismo, tabagismo e o uso indevido de outras drogas como: maconha e cocaína-crack; alem da indicação de onde procurar tratamento e apoio), impresso esse, que será distribuído de forma gratuita, mensalmente, para os operários em todas as obras da cidade.